UFCD 6582 - CUIDADOS DE SAÚDE A PESSOAS EM FIM DE VIDA E POST-MORTEM
Formador: Hugo Madeira

Esta UFCD (6582 – Cuidados de Saúde a Pessoas em fim de Vida e Post-Mortem) me fez refletir sobre a morte de uma forma mais clara, no que toca em aspectos biológicos, psicológicos, sociais, legais e religiosas da existência humana. A morte, em suas variadas representações, psicológica, social e biológica, convoca-nos a enfrentar não apenas o fim da vida biológica, mas também as perdas de identidade e conexão social que podem preceder a morte física.
Nas sessões vimos que o temor da morte, enraizado em nosso instinto de conservação, é acentuado por fatores como o predomínio da materialidade em nossa cultura, o impacto das doutrinas religiosas que ponderam sobre o pós-vida, o receio do término absoluto da existência e o medo do desconhecido. Esses medos refletem a complexidade da morte, não apenas como um evento biológico, mas como uma experiência carregada de significado existencial.
Aprendi que o utente em final de vida, através da tomada de consciência da morte pode desencadear uma variedade de respostas emocionais, incluindo depressão, baixa autoestima e ansiedade. Essas reações são compreensíveis à medida que nos confrontamos com a inevitável realidade da mortalidade.
No contexto de uma morte digna, vimos conceitos como ortotanásia, eutanásia, encarniçamento terapêutico, sedação paliativa, distanásia, suicídio assistido e obstinação terapêutica, que levantam debates éticos sobre o fim da vida. A busca por uma "morte tranquila" ressalta a importância dos cuidados paliativos, visando aliviar o sofrimento do doente terminal e promover qualidade nos últimos momentos de vida. A morte cerebral, uma condição que desafia conceitos e critérios de morte, traz à tona questões complexas sobre quando a vida de fato termina.
Adquiri conhecimento sobre a fase após a morte, envolvendo a preparação do corpo e o subsequente processo de luto, que representa momentos fundamentais para que os entes queridos possam caminhar rumo à aceitação da perda. Este caminho, marcado pelo luto, pode manifestar-se de formas variadas, oscilando entre o luto considerado normal e suas expressões mais complicadas ou patológicas, refletindo a singularidade da experiência humana frente ao adeus. A complexidade deste processo foi abordada durante uma de nossas sessões ao assistirmos ao filme "Elsa e Fred". Neste filme, Elsa ao enfrentar uma doença terminal, opta por ocultar sua condição de Fred. Sua escolha reflete um desejo profundo de vivenciar ao máximo os momentos que lhe restam, distanciando-se da tristeza. Este enredo nos convidou a refletir sobre a importância de celebrar a vida e as relações que construímos, mesmo quando confrontados com a iminência do fim.
Agradeço ao formador Hugo Madeira por abordar este assunto
com sensibilidade e profundidade, permitindo um espaço para reflexão e
aprendizado sobre um dos pontos universais da condição humana. Através desta UFCD, pude refletir sobre a preciosidade da vida e da importância de viver de forma
significativa.
Elaborado por autora brasileira de acordo com a convenção ortográfica da CPLP
